Estudo aponta redução de 60% na mortalidade de bariátricos idosos
Data de publicação: 19/05/2022

Estudo aponta redução de 60% na mortalidade de bariátricos idosos. Que a cirurgia bariátrica salva vidas, já sabíamos. Ela ajuda a controlar, minimizar e, muitas vezes, até mesmo a reverter condições de saúde graves.
A obesidade é fator de risco para dezenas de doenças e responsável pela redução da qualidade e da expectativa de vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Calcula-se que, até 2030, o Brasil terá quase 30% de toda a sua população adulta em estado de obesidade, 1 bilhão em todo o mundo, segundo o Atlas Mundial da Obesidade.
Mas quando se trata de idosos, qual é o efeito do procedimento?
Essa foi a pergunta que um estudo realizado por pesquisadores norte-americanos investigou e respondeu. A conclusão do estudo, publicada no Journal of the American College of Cardiology foi extremamente positiva. Constatou-se uma redução em 60% na mortalidade desse publico alvo! Vamos entender melhor a partir de agora.
Descrição da imagem: Pessoa pesando e erro na balança
PUBLICO ALVO
Foi realizado um acompanhamento, entre os anos 2013 e 2019, de 189.700 americanos em estado de obesidade, com comorbidades debilitantes ou acima de 65 anos, registrados no Medcare – o seguro de saúde dos EUA.
Os indivíduos foram separados em dois grupos iguais: um contando as pessoas que passaram pela cirurgia bariátrica e o segundo, um grupo controle, com pessoas que não se beneficiou da cirurgia. Ambos os grupos contaram com indivíduos que sofriam com comorbidades, tais como diabetes, hipertensão e doença pulmonar obstrutiva (DPOC) em porcentagens similares.
Descrição da imagem: Dr. Rodrigo Nankran operando
A CIRUGIA BARIÁTRICA
A cirurgia bariátrica reduz o tamanho do estômago, proporcionando o emagrecimento de pessoas em estado de obesidade e garantindo melhoria na saúde. Esses benefícios merecem especial atenção quando relacionadas às doenças cardiovasculares, que constituem a maior causa de morte em todo mundo.
No Brasil, são candidatos ao procedimento indivíduos que tenham IMC (índice de massa corporal) maior do que 35 e/ou comorbidades associadas à obesidade que não conseguiram emagrecer de forma clínica tradicional (com regimes e atividade física).
Descrição da imagem: Estudo publicado na JACC
RESULTADO
O resultado do estudo, publicado no Journal of the American College of Cardiollogy (JACC) constatou que nos indivíduos do grupo que passou pela cirurgia, houve grande melhora. Reduziu-se de 37% de mortalidade, 54% de insuficiência cardíaca, 37% de infartos e 29% de casos de AVC (acidente vascular cerebral).
Já não fossem esses dados positivos o bastante, apurou-se que, no público acima de 65 anos (que correspondiam 33% do total dos indivíduos) o benefício foi ainda maior! Verificou-se 60% de redução do risco de mortalidade por todas as causas; 79% menos chance de hospitalização por insuficiência cardíaca; risco de infarto 80% menor!
Você pode conferir o estudo original aqui.