Os sintomas

Os sintomas da acalasia aparecem gradualmente. Ao longo do tempo, como o esôfago torna-se mais dilatado e mais fraco, podem desenvolver os seguintes sintomas:

Quando aparece a acalasia

A acalasia pode ocorrer em qualquer idade, mas se manifesta com maior frequência entre 30 e 60 anos. Acontece igualmente em homens e mulheres.

As causas são desconhecidas, mas podem ser relacionadas a:

Diagnóstico

Quando o médico suspeita de acalasia devido aos sinais e sintomas que apresenta, existem três exames para confirmar o diagnóstico:

Tratamento

Nenhum tratamento pode restaurar o movimento normal do esôfago, porém existem alguns que podem ajudar a aliviar os sintomas.

Esses são os tratamentos comuns:

Complicações

Embora o paciente não possa prevenir a acalasia, o tratamento pode evitar complicações em longo prazo.

Possíveis complicações incluem:

Convivendo com a Acalasia

Aqui estão algumas mudanças de estilo de vida que podem ajudar o paciente e viver melhor com acalasia:

O tratamento cirúrgico

Quando operar?

A cirurgia é indicada nos casos em que os tratamentos clínicos foram mal sucedidos, quando aparecem as complicações da doença ou, também, quando o paciente não pode ou não se dispõe a seguir as recomendações necessárias e tomar os remédios.

Como é feita a cirurgia?

A cirurgia é feita por videolaparoscopia, com pequenos orifícios no abdômen ao invés de uma grande incisão. Dessa forma, a dor pós-operatória é mínima e, assim, facilmente controlada com analgésicos comuns. A internação hospitalar é curta – geralmente um dia -, e os riscos e as complicações são pequenos. O retorno ao trabalho ocorre geralmente em uma semana (dependendo da profissão) e às atividades físicas em um mês. (Atividades físicas leves em um mês, moderadas em dois meses e intensas em três meses – confira isso com o médico)

Riscos da Cirurgia

Como ocorre em qualquer procedimento cirúrgico, as complicações existem. Algumas delas podem incluir:

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Acalasia

Postado por Rodrigo Nankran em 26/ago/2020 -

Acalasia é um distúrbio do esôfago, que faz com que seja difícil comer e beber normalmente. O esôfago fica com sua extremidade inferior muito apertada, perdendo assim a capacidade de empurrar o alimento para o estômago de forma eficaz.

Os sintomas

Os sintomas da acalasia aparecem gradualmente. Ao longo do tempo, como o esôfago torna-se mais dilatado e mais fraco, podem desenvolver os seguintes sintomas:

  • Dificuldade para engolir alimentos, uma condição chamada de disfagia;
  • Alimento engolido volta para a garganta, ou regurgitação;
  • Acordar à noite com tosse ou engasgo por causa de regurgitação;
  • Azia;
  • Sensação de dor ou pressão no;
  • Perda de peso.

Quando aparece a acalasia

A acalasia pode ocorrer em qualquer idade, mas se manifesta com maior frequência entre 30 e 60 anos. Acontece igualmente em homens e mulheres.

As causas são desconhecidas, mas podem ser relacionadas a:

  • Fatores genéticos;
  • Um sistema imunológico desordenado que ataca as células nervosas no esôfago;
  • O vírus herpes simplex, ou outras infecções virais.

Diagnóstico

Quando o médico suspeita de acalasia devido aos sinais e sintomas que apresenta, existem três exames para confirmar o diagnóstico:

  • Endoscopia Digestiva Alta;
  • Esofagograma. Este é um tipo especial de raio-X que tira radiografia do esôfago, enquanto o paciente engole um contraste de bário;
  • Manometria. Este é um procedimento ambulatorial, em que um tubo de medição de pressão é colocado no esôfago. As medidas de pressão são tomadas durante a deglutição de água.

Tratamento

Nenhum tratamento pode restaurar o movimento normal do esôfago, porém existem alguns que podem ajudar a aliviar os sintomas.

Esses são os tratamentos comuns:

  • Dilatação pneumática por Endoscopia. Este é um procedimento ambulatorial realizado sob sedação. O paciente pode precisar de mais do que um tratamento para obter alívio;
  • Injeção de Botox. Botox é um medicamento que pode paralisar os músculos, principalmente os que controlam o Esfíncter Inferior do Esôfago para relaxar a abertura da válvula. Este procedimento também é feito durante a endoscopia. Os resultados, podem durar de três meses a um ano, de modo que o procedimento precisa ser repetido;
  • Cirurgia. Cirurgia para abrir o Esfíncter Inferior do Esôfago é chamada de miotomia. Este tipo de cirurgia geralmente proporciona alívio de longo prazo dos sintomas da acalasia e é realizado, preferencialmente, por videolaparoscopia.

Complicações

Embora o paciente não possa prevenir a acalasia, o tratamento pode evitar complicações em longo prazo.

Possíveis complicações incluem:

  • Pneumonia por aspiração. Decorre da regurgitação de alimentos ou suco gástrico;
  • Perfuração do esôfago;
  • Câncer de esôfago. Pessoas com acalasia estão em grupos de maior risco de câncer de esôfago.

Convivendo com a Acalasia

Aqui estão algumas mudanças de estilo de vida que podem ajudar o paciente e viver melhor com acalasia:

  • Parar de fumar;
  • Evitar alimentos ou bebidas que provocam azia;
  • Beber um pouco de líquido, durante as refeições e mastigue bem os alimentos;
  • Comer a cada três horas, pequenas refeições;
  • Evitar comer duas horas antes de ir para a cama.

O tratamento cirúrgico

Quando operar?

A cirurgia é indicada nos casos em que os tratamentos clínicos foram mal sucedidos, quando aparecem as complicações da doença ou, também, quando o paciente não pode ou não se dispõe a seguir as recomendações necessárias e tomar os remédios.

Como é feita a cirurgia?

A cirurgia é feita por videolaparoscopia, com pequenos orifícios no abdômen ao invés de uma grande incisão. Dessa forma, a dor pós-operatória é mínima e, assim, facilmente controlada com analgésicos comuns. A internação hospitalar é curta – geralmente um dia -, e os riscos e as complicações são pequenos. O retorno ao trabalho ocorre geralmente em uma semana (dependendo da profissão) e às atividades físicas em um mês. (Atividades físicas leves em um mês, moderadas em dois meses e intensas em três meses – confira isso com o médico)

Riscos da Cirurgia

Como ocorre em qualquer procedimento cirúrgico, as complicações existem. Algumas delas podem incluir:

  • Hemorragia;
  • Infecção;
  • Trombose e embolia;
  • Complicações pulmonares;
  • Pancreatite aguda;
  • Durante a cirurgia videolaparoscópica, a inserção dos instrumentos no abdômen pode ferir o intestino ou os vasos sanguíneos;
  • Perfuração do esôfago;
  • O risco de morte na cirurgia da acalasia é pequeno: menor que 0,1% na videolaparoscopia, e menor que 0,5% na cirurgia aberta. Esse risco é maior nos pacientes que apresentam outras doenças como as do coração e dos vasos sanguíneos, pulmões, doenças da coagulação, obesidade, entre outras;
  • Pode haver outros riscos, dependendo da condição médica específica do paciente, portanto certifique-se de discutir quaisquer preocupações com o médico antes da cirurgia;

Apendicite

Postado por Rodrigo Nankran em 26/ago/2020 -

O que é apendicite?

Apendicite é uma irritação, inflamação e infecção do apêndice cecal (um tubo estreito e fino que se localiza no Ceco – porção inicial do intestino grosso). O apêndice funciona como uma parte do sistema imunitário durante os primeiros anos de vida. Após esse período de tempo, o apêndice deixa de ter função imunológica importante e outros órgãos assumem esse papel. O Apêndice pode inflamar, infectar e, se não tratado, pode formar pus e perfurar, provocando infecção grave e até a morte.

O que causa a apendicite?

Apendicite ocorre quando o interior do apêndice fica cheio de alguma coisa que faz com que inche, tais como fezes, muco, parasitas e sementes de frutas. O apêndice, então, torna-se irritado e inflamado. O suprimento de sangue para o apêndice é cortado com o inchaço, agravando consideravelmente o quadro. O fluxo de sangue adequado é necessário para manter uma parte do corpo saudável, dessa forma, quando é reduzido, o apêndice começa a morrer e as bactérias se proliferam, infectando suas paredes. Isso pode causar sua ruptura (ou perfuração), permitindo que fezes e bactérias vazem, infectando assim o abdômen. Uma infecção no interior do abdômen é conhecida como peritonite.

Devido ao risco de ruptura com peritonite, podem ocorrer a septicemia e a morte, em até o período de 48h a 72h após o início dos sintomas. Assim, a apendicite é considerada uma emergência, e qualquer pessoa com sintomas deve procurar um médico imediatamente.

Quais são os fatores de risco para a apendicite?

A apendicite afeta uma em cada 1.000 pessoas, e seus sintomas intensos fazem com que ela seja uma fonte comum pela busca por tratamento de emergência.

A maioria dos casos de apendicite ocorrem entre a faixa etária de 10 e 30 anos, mas podem aparecer em qualquer idade. Qualquer pessoa com dor abdominal deve considerar seriamente a possibilidade de estar com apendicite.

Quais são os sintomas de apendicite?

A seguir estão os sintomas mais comuns da apendicite, embora, cada indivíduo possa apresentar sintomas de formas diferentes:

  • Dor no abdômen, que pode começar na área ao redor do umbigo e passar para o lado inferior direito, mas também pode começar na parte inferior direita;
  • Geralmente aumenta com o tempo;
  • Pode piorar com o movimento, respiração profunda, ao ser tocado, quando se tosse ou espirra;
  • Se o apêndice se romper, pode se espalhar por todo o abdômen;
  • Náuseas e vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Febre e calafrios;
  • Prisão de ventre;
  • Diarreia;
  • Inchaço abdominal.

Muitas pessoas tomam remédios por conta própria para controlar a dor, náuseas e febre, comportamento que pode levar ao atraso do diagnóstico e, consequentemente, aumentar o risco de complicação da doença. Os sintomas de apendicite podem assemelhar-se outras problemas. Consulte sempre o médico para um diagnóstico.

Como é diagnosticada apendicite?

Além de uma história médica completa e exame físico, procedimentos de diagnóstico de apendicite podem incluir o seguinte:

  • Os exames de sangue (para verificar se há sinais de infecção, como contagem de células brancas do sangue elevada);
  • Os testes de urina (para descartar uma infecção do trato urinário);
  • Procedimentos de imagem, incluindo os seguintes:
    • Ultrassonografia abdominal;
    • Tomografia computadorizada do abdômen.

O tratamento para a apendicite

Devido à probabilidade do apêndice romper e causar uma grave infecção com risco de morte é recomendado que o apêndice seja removido com uma operação.

Esta operação é chamada de Apendicectomia.

O apêndice pode ser removido de duas formas:

Método aberto. Sob anestesia, uma incisão é feita na parte inferior do lado direito do abdômen. O cirurgião localiza o apêndice para removê-lo. Se o apêndice rompeu, um pequeno tubo de drenagem pode ser colocado para permitir que os fluidos de pus e outras secreções, que estão no abdômen, sejam drenados.

O dreno será removido em poucos dias, quando o cirurgião vê que a infecção abdominal diminuiu.

Laparoscopia. Este procedimento feito sob anestesia geral utiliza três pequenas incisões para introduzir no abdômen instrumentos cirúrgicos e uma câmera, chamada laparoscópio, para olhar dentro do abdômen durante a operação. Pode ser também utilizado um dreno em situações de apendicite perfurada com abscesso peritoneal. Durante uma apendicectomia laparoscópica, o médico pode decidir se uma apendicectomia aberta é necessária.

As pessoas podem viver uma vida normal sem o seu apêndice. Mudanças na dieta ou modificações no estilo de vida não são necessários.

Riscos do procedimento

Como qualquer procedimento cirúrgico, as complicações podem ocorrer. Abaixo estão listadas algumas complicações possíveis, não estando limitadas apenas a estas:

  • Infecção da ferida cirúrgica;
  • Peritonite. Uma infecção do abdômen que pode ocorrer se o apêndice se rompe durante a cirurgia ou se já houver um abscesso abdominal;
  • Obstrução intestinal;
  • Sangramento;
  • Trombose e embolia;
  • Complicações pulmonares;
  • Septicemia;
  • Morte.

Pode haver outros riscos, dependendo da condição médica específica. Certifique-se de discutir quaisquer preocupações com o médico antes do procedimento.

 

Cirurgia Robótica

Postado por Rodrigo Nankran em 26/ago/2020 -

A Cirurgia Robótica supera a Cirurgia Videolaparoscópica com enormes e indiscutíveis vantagens, como por exemplo:

  • Melhor visão;
  • Maior precisão;
  • Menor trauma cirúrgico;
  • Menor dor pós-operatória;
  • Menor sangramento;
  • Menor tempo de internação hospitalar;
  • Retorno mais rápido ao trabalho;
  • Melhor resultado das cirurgias
  • Diminuição das complicações.

No Hospital Mater Dei Contorno dispomos do Robô Da Vinci Xi, a melhor e mais sofisticada plataforma de cirurgia existente.

Na cirurgia bariátrica (obesidade), na cirurgia metabólica (diabetes e síndrome metabólica) e na cirurgia das hérnias abdominais, áreas a que me dedico há muitos anos, o Robô Da Vinci Xi traz diversos benefícios para o paciente pois o cirurgião tem uma visão privilegiada dos órgãos operados que são fortemente iluminados e aumentados em até 10 vezes com imagem tridimensional.

A precisão e delicadeza das suturas, da dissecção dos tecidos e dos grampeamentos são inigualáveis e jamais foram alcançados com a videolaparoscopia. O Robô Da Vinci Xi é a ferramenta que torna o bom cirurgião ainda melhor e que eleva a cirurgia minimamente invasiva a uma nova dimensão, com resultados ainda melhores.

Colecistectomia

Postado por Rodrigo Nankran em 26/ago/2020 -

O que é uma colecistectomia?

A colecistectomia é a remoção cirúrgica da vesícula biliar, um órgão situado logo abaixo do fígado no quadrante superior direito do abdômen. A vesícula biliar armazena e concentra a bile, substância produzida pelo fígado que é utilizada para quebrar a gordura para a digestão

Tipos de colecistectomias

A vesícula pode ser removida de uma das duas maneiras apresentadas abaixo:

  • Método aberto. Neste método, uma incisão é feita no lado direito superior do abdômen. O cirurgião localiza a vesícula biliar e a remove através da incisão. É o método de escolha nos casos de câncer da vesícula.
  • Videolaparoscopia. Este método utiliza três ou quatro pequenas incisões no abdômen: Em uma delas, entra a câmera de vídeo de alta resolução que transmite a imagem para uma tela de LCD. Nas outras incisões, entram os instrumentos cirúrgicos. O cirurgião realiza a cirurgia olhando para um monitor de vídeo. A vesícula biliar é removida através de uma das incisões.

A colecistectomia laparoscópica é menos invasiva, mais rápida e geralmente requer um tempo de recuperação mais curto do que uma colecistectomia aberta. É um método muito seguro e possui muitas vantagens em relação à cirurgia aberta. Entretanto, a videolaparoscopia não é indicada nos casos de câncer da vesícula. Ocasionalmente, a cirurgia laparoscópica precisa ser convertida em cirurgia aberta. É uma decisão tomada pelo cirurgião durante a cirurgia laparoscópica, exclusivamente por motivos de segurança.

 

Razões para a cirurgia

A colecistectomia pode ser realizada se a vesícula biliar contém cálculos biliares (colelitíase), está inflamada ou infectada (colecistite), quando apresenta a parede doente com colesterolose ou calcificação em porcelana, ou ainda quando apresenta pólipos ou tumor maligno.

Inflamação da vesícula biliar ou infecção pode causar dor, que pode ser descrita da seguinte maneira:

  • Está geralmente localizada no lado direito do abdômen superior;
  • Pode ser constante ou tornar-se mais grave após uma refeição;
  • Às vezes, pode sentir-se mais como plenitude e empachamento do que como dor propriamente;
  • A dor pode irradiar para as costas e para o ombro direito.

Outros sintomas de inflamação da vesícula biliar ou infecção podem ocorrer. São eles: náuseas, vômitos, febre e calafrios.

Os sintomas e sinais de doenças da vesícula podem ser parecidos com outras doenças do estômago, pâncreas, intestino, e em algumas situações também com os do coração e pulmões. Um exame detalhado do médico é fundamental.

Pode haver outras razões para o médico recomendar uma colecistectomia.

Quase todos os casos de câncer de vesícula biliar estão associados a cálculos (pedras). Entretanto, as pedras, por si só, não constituem causa de câncer da vesícula.

As pedras da vesícula podem migrar para o canal biliar principal, causando sua obstrução com graves consequências e pancreatite aguda, que também pode ser muito grave.

Uma vez identificadas pedras na vesícula, a cirurgia deve ser recomendada mesmo sem sintomas. Os riscos das complicações citadas acima são iminentes.

Riscos do procedimento

Como em qualquer procedimento cirúrgico, as complicações podem ocorrer. Algumas complicações possíveis de colecistectomia podem incluir, mas não estão limitados às seguintes:

  • Hemorragia;
  • Infecção;
  • Trombose e embolia;
  • Complicações pulmonares;
  • Pancreatite aguda;
  • Lesão do ducto biliar, o canal que leva a bile da vesícula biliar para o intestino delgado;
  • Durante a colecistectomia laparoscópica, a inserção dos instrumentos no abdômen pode ferir o intestino ou vasos sanguíneos;
  • O risco de morte na colecistectomia é pequeno: menor que 0,1% na Videolaparoscopia e menor que 0,5% na cirurgia aberta. O risco é maior nos pacientes que apresentam outras doenças do coração e dos vasos sanguíneos, pulmões, doenças da coagulação, obesidade, entre outras. O risco também é maior nas cirurgias de urgência por colecistite aguda com infecção da vesícula e pancreatite aguda.

Pode haver outros riscos, dependendo da sua condição médica específica. Certifique-se de discutir quaisquer preocupações com o seu médico antes da cirurgia.

 

Hérnias Abdominais

Postado por Rodrigo Nankran em 26/ago/2020 -

O que é uma hérnia abdominal?

Hérnia é a protrusão de uma víscera ou órgão através de um defeito na parede abdominal. Ela pode ocorrer em vários locais, como por exemplo, no umbigo (hérnia umbilical) e na região inguinal (hérnia inguinal). Com menor frequência ocorre em outros locais da parede abdominal. Existe também a Hérnia Incisional que ocorre em uma cicatriz de outra cirurgia abdominal não cicatrizada adequadamente.

A Hérnia Inguinal é uma doença bastante comum, atingindo 3% da população. Ocorre em qualquer idade, sendo mais frequente nos recém-nascidos e nos idosos. Homens têm hérnias com muito mais frequência do que as mulheres.

Por que ocorre a hérnia?

Hérnias abdominais ocorrem por uma condição anatômica das camadas da parede abdominal que condiciona em um ponto uma determinada fraqueza, formando assim um orifício, permitindo a passagem de uma víscera – geralmente o intestino.

Este orifício pode ser congênito ou adquirido durante a vida.

Algumas condições adquiridas ao longo de nossa vida podem enfraquecer a parede abdominal e assim facilitar o aparecimento da hérnia. Situações que aumentam a pressão dentro do abdômen, como tosse crônica, constipação intestinal e dificuldade para urinar (doenças da próstata), enfraquecem a parede abdominal e, com o passar do tempo, podem levar a formação de hérnia.

Quais são os sintomas da Hérnia Inguinal e Umbilical?

As pessoas que têm hérnia inguinal são geralmente capazes de observar uma saliência ou abaulamento na região inguinal (virilha) de um ou dos dois lados, ou ainda no umbigo no caso da hérnia umbilical. Esta saliência fica embaixo da pele e se torna mais evidente quando a pessoa tosse, ergue peso ou faz força. Esta região pode ser dolorosa ou não.

A hérnia tende a aumentar de tamanho com o passar do tempo. Após alguns meses ou anos, a hérnia inguinal poderá ficar muito grande e em algumas pessoas poderá até mesmo alcançar a bolsa escrotal.

A hérnia pode complicar?

A complicação mais temida da hérnia é o estrangulamento, que ocorre quando o intestino fica preso dentro da hérnia, não podendo mais entrar no abdômen. Se não tratado com urgência poderá ocorrer gangrena (morte do intestino).

Esta complicação pode ocorrer em qualquer hérnia, independentemente de seu tamanho (pequena ou grande). O estrangulamento provoca uma dor contínua e intensa por várias horas de duração no local da hérnia.

Esta é uma situação dramática e de muito risco para a vida do paciente.

Se você apresentar estes sintomas não perca tempo. Procure o seu médico imediatamente. Esta complicação necessita de operação de emergência.

Alerta: o uso de suspensórios ou fundas não evita a ocorrência de estrangulamento e não permite saber quando esta complicação ocorrerá. Ela aparece de repente.

Diagnósticos

O exame da região inguinal realizado pelo médico é suficiente para estabelecer o diagnóstico de hérnia em quase todos os pacientes. Quando um cirurgião identifica um caso de hérnia no exame do paciente, não há necessidade de fazer outros complementares para confirmar o diagnóstico.

Entretanto, em poucos casos, exames como a ultrassonografia e a tomografia computadorizada podem ser úteis.

É importante sempre examinar a região inguinal do outro lado para certificar-se de que não há outra hérnia. Uma pessoa que tem hérnia inguinal de um lado, frequentemente pode apresentar hérnia do outro lado também, mesmo que ela não tenha sintomas.

Tratamento

Conforme alertado anteriormente, o uso de fundas ou suspensórios de bolsa escrotal não é efetivo e deve ser evitado, pois além de não solucionar o problema, retarda o tratamento e não evita as complicações.

A única forma de tratamento das hérnias é a realização de uma operação chamada herniorrafia.

Existem duas maneiras de realizar o tratamento cirúrgico da hérnia inguinal:

  • Método Aberto Tradicional
  • Videolaparoscopia .

Só o seu médico cirurgião poderá ajudá-lo a decidir qual operação é melhor para você.

Herniorrafia Inguinal através do método aberto

Corresponde ao tratamento da hérnia realizado através de uma incisão de aproximadamente 7 cm na região inguinal. A hérnia é empurrada para dentro do abdômen e o defeito da parede abdominal é fechado com uma tela muito resistente.

Herniorrafia Inguinal através da videolaparoscópia

O tratamento cirúrgico da hérnia inguinal pode ser feito pela maioria dos pacientes através de uma videolaparoscopia. Esta operação é realizada com anestesia geral. Inicialmente, é injetado gás (gás carbônico) na parede do abdômen para criar um espaço através do qual o cirurgião poderá fazer a operação com segurança. Após três furinhos de meio a um centímetro na parede do abdômen, uma câmera de vídeo pequena é colocada em um dos furinhos para que o cirurgião e a sua equipe possam ver o local da hérnia em um monitor. Com o auxílio de instrumentos especiais (pinças, tesouras, material de sutura, etc.), colocados através dos outros furinhos, a víscera herniada é reposicionada dentro do abdômen e o buraco na parede abdominal é fechado com uma tela. Quando a hérnia ocorrer nos dois lados, não é necessário realizar furinhos adicionais para tratar a outra.

Ambos os métodos de herniorrafia são seguros e proporcionam:

  • Resolução completa e definitiva da doença.
  • Risco de infecção pequeno.
  • Risco de recidiva pequeno.

Vantagens da operação da videolaparoscópia

  • Pouca dor no pós-operatório.
  • Cicatriz cirúrgica mínima.
  • Recuperação mais rápida do paciente.

Quais são os riscos da cirurgia?

  • Infecção.
  • Dor crônica pós-operatória.
  • Cicatrizes hipertróficas ou queloides.
  • Lesão de nervos da parede abdominal.
  • Hemorragias.
  • Lesão de vísceras abdominais.
  • Inflamação do testículo.
  • Riscos da anestesia e outros.

Todos pacientes com hérnia inguinal ou umbilical precisam operar?

Todas as pessoas com hérnia inguinal ou umbilical, independentemente da idade, devem ser operadas, com exceção das que têm outras doenças graves e que apresentam risco cirúrgico elevado.

Orientações pós-operatórias

Logo após a operação, o paciente retorna ao seu quarto recebendo medicação analgésica e com total controle da dor. Poucas horas depois, ele deve se sentar e levantar do leito, podendo ir ao banheiro, por exemplo. No mesmo dia, ou no dia seguinte, receberá alta do hospital com todas as informações necessárias. Não há dieta especial. Coma normalmente.

O paciente não deverá realizar atividades que exijam esforço físico nos primeiros 10 dias de pós-operatório, como dirigir automóveis, carregar peso acima de 5 kg ou praticar esportes. Deve evitar também atividade sexual neste período. O objetivo destes cuidados é dar tempo para que as diversas camadas cicatrizem adequadamente e a tela possa se aderir firmemente a elas, diminuindo o risco de retorno da hérnia.

Esportes e atividades físicas leves podem ser reiniciados em 30 dias. As atividades mais intensas, principalmente o carregamento de objetos pesados, só deverão ser feitas após dois ou três meses. Cada caso deverá ser discutido com o cirurgião responsável.

Após uma semana, o paciente deverá ir ao consultório para se submeter à revisão cirúrgica. Normalmente não é necessária a retirada de pontos, pois os fios usados são absorvíveis.

Refluxo Gastroesofágico

Postado por Rodrigo Nankran em 26/ago/2020 -

O que é a Hérnia de Hiato?

O hiato esofágico é um orifício natural no músculo diafragma através do qual o esôfago passa do tórax para o abdômen. Quando este orifício está alargado, o estômago corre o risco de sair de sua posição normal e passar parcialmente (ou totalmente) para o tórax, o que pode ser definido como Hérnia de Hiato. A Hérnia de Hiato necessitará de tratamento cirúrgico nas situações em que provoca dor, disfagia, alterações da função do esôfago e doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

O que é a DRGE?

A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é um distúrbio digestivo causado pelo ácido gástrico que flui a partir do estômago para o esôfago, causando sintomas e/ou alterações patológicas do esôfago.

Quais são os sintomas da DRGE?

Azia, também chamada de indigestão e queimação, é o sintoma mais comum da DRGE. A azia é descrita como uma dor no peito em forma de queimação, que começa por trás do osso Esterno e se move para cima às vezes, chegando ao pescoço e à garganta. Ela pode durar até duas horas e muitas vezes torna-se pior depois das refeições. Deitar-se ou curvar-se para frente também pode resultar em azia.

A maioria das crianças com menos de 12 anos de idade e alguns adultos, com diagnóstico de DRGE vão apresentar uma tosse seca, sintomas de asma, dificuldades para engolir ou rouquidão ao invés de azia. A azia não é um sintoma comumente desencadeado pela atividade física.

Os sintomas da DRGE podem assemelhar-se aos sintomas de outras doenças, inclusive ao infarto do coração. Consulte sempre o seu médico para um diagnóstico.

O que causa a DRGE?

O refluxo ocorre na maioria das pessoas durante poucas vezes ao dia, e se dá de forma rápida, sem causar sintomas ou doença do esôfago. Este é um refluxo fisiológico. Quando ele começa a provocar sintomas ou doença do esôfago, já temos uma condição patológica. As causas são muitas, e frequentemente se associam. As mais comuns são a hérnia de hiato, a hipotonia (flacidez) do esfíncter interior do esôfago, a incapacidade do esôfago de limpar e de devolver rapidamente o líquido refluído para o estômago.

Há fatores que contribuem negativamente para o aparecimento do refluxo:

  • Sobrepeso e obesidade.
  • Excessos de cafeína, chocolates, gorduras e condimentos.
  • Bebidas alcoólicas em qualquer quantidade.
  • Fumar em qualquer quantidade.
  • Tomar remédios anti-inflamatórios.
  • Deitar-se após refeições copiosas.
  • Gastrites e úlceras do estômago e do duodeno também são doenças que agravam o refluxo.

Como é diagnosticada a DRGE?

Além de uma história médica completa e do exame físico, os procedimentos para diagnóstico de DRGE podem incluir:

  • Radiografia do esôfago, estômago e duodeno com contraste de Bário.
  • Endoscopia Digestiva Alta com biópsias do esôfago, estômago e duodeno.
  • Teste de Bernstein. Um teste que ajuda a confirmar se os sintomas são uma consequência de ácido no esôfago. O teste é realizado por gotejamento de ácido suave através de um tubo colocado no esôfago.
  • Manometria esofágica. Este teste ajuda a determinar a força dos músculos do esôfago. É útil na avaliação não apenas de refluxo gastroesofágico, mas também das anormalidades e dificuldades da deglutição (disfagia). Um pequeno tubo é guiado para dentro do esôfago, e as pressões de seus músculos são então medidas.
  • pHmetria. Este exame mede a acidez no interior do esôfago.

O tratamento para a DRGE

O tratamento específico para a DRGE será determinado pelo seu médico com base em alguns dados:

  • Sua idade, saúde geral e história médica;
  • Extensão e gravidade da doença;
  • Sua tolerância para medicamentos específicos, procedimentos ou terapias;
  • As expectativas para o curso da doença;
  • Sua opinião ou preferência.

Em muitos casos, a DRGE pode ser aliviada através de dieta e de mudanças no estilo de vida, conforme indicado pelo seu médico. Algumas formas de diminuir a azia incluem:

  • Cautela com os medicamentos que está tomando – alguns podem irritar a mucosa do estômago ou esôfago.
  • Parar de fumar.
  • Cuidado com a ingestão de certos alimentos – evite frituras, pimenta, chocolate, frutas e sucos cítricos, produtos à base de tomate, álcool e bebidas com cafeína, como café, refrigerante e bebidas energéticas.
  • Não se deitar logo após uma refeição. Em vez disso, espere duas horas para ir dormir.
  • Emagrecer, se necessário.
  • Elevar a cabeceira da cama em 12 cm, colocando tijolos ou blocos sob os pés da cama.
  • Tomar medicamentos prescritos pelo seu médico, o que geralmente inclui “inibidores da bomba de prótons”, “pró-cinéticos” e “antiácidos”.

O tratamento cirúrgico

Quando Operar?

A cirurgia é indicada nos casos em que os tratamentos clínicos foram mal sucedidos, quando aparecem as complicações da doença ou quando o paciente não se dispõe a seguir todas aquelas recomendações necessárias e tomar os remédios. Pacientes com refluxo associado à obesidade mórbida devem optar pelo tratamento cirúrgico.

Como é feita a cirurgia?

A cirurgia é feita por videolaparoscopia, com pequenos orifícios no abdômen ao invés de uma grande incisão. Desta forma, a dor pós-operatória é muito pequena e facilmente controlada com analgésicos comuns. A internação hospitalar é curta – geralmente um dia, e os riscos e as complicações são pequenos. O retorno ao trabalho ocorre geralmente em uma semana ( depende da profissão) e às atividades físicas em um mês. (Atividades físicas leves em um mês, moderadas em dois meses e intensas em três meses – confira isso com seu médico).

Vou tomar remédios após a cirurgia?

A grande maioria dos pacientes não tomará mais remédios, pois ficou curada em relação ao refluxo com a cirurgia.

Apenas 10% dos pacientes voltam e a ter sintomas de refluxo 20 anos depois de se submeterem à cirurgia.

Vou emagrecer?

Esta não é uma cirurgia para controle de peso. Voce não vai emagrecer e não vai engordar devido a esta cirurgia.

Riscos da cirurgia

Como ocorre em qualquer procedimento cirúrgico, as complicações existem. Algumas delas, possivelmente oriundas da cirurgia de hérnia de hiato e da doença do refluxo gastroesofágico podem incluir:

  • Hemorragia;
  • Infecção;
  • Trombose e embolia;
  • Complicações pulmonares;
  • Pancreatite aguda;
  • Durante a cirurgia videolaparoscópica, a inserção dos instrumentos no abdômen pode ferir o intestino ou os vasos sanguíneos;
  • O risco de morte na cirurgia da hérnia de hiato e da doença do refluxo gastroesofágico é pequeno: menor que 0,1% na videolaparoscopia, e menor que 0,5% na cirurgia aberta. Esse risco é maior nos pacientes que apresentam outras doenças do coração e dos vasos sanguíneos, pulmões, doenças da coagulação, obesidade, entre outras.
  • Pode haver outros riscos, dependendo da condição médica específica do paciente. Certifique-se de discutir quaisquer preocupações com o médico antes da cirurgia.

Outras Cirurgias

Postado por Rodrigo Nankran em 26/ago/2020 -

A Cirurgia Geral é uma especialidade médica que trata as doenças cirúrgicas do aparelho digestivo, da parede abdominal e do trauma.

A cirurgia videolaparoscópica é uma área de Atuação na qual o médico precisa de uma capacitação específica. É uma técnica moderna que foi desenvolvida ao longo das últimas décadas, permitindo que as cirurgias abdominais sejam feitas de forma minimamente invasiva sem a abertura da cavidade abdominal.

A cavidade abdominal é ampliada com a introdução de gás carbônico. Através de pequenos orifícios na parede abdominal são introduzidos uma câmera de vídeo de alta resolução e instrumentos cirúrgicos finos e de alta precisão.

É importante ressaltar que o Dr. Rodrigo Nankran faz as cirurgias do aparelho digestivo e da parede abdominal pela via tradicional e por videolaparoscopia.

Além das cirurgias que estão destacadas na página inicial deste site, o Dr. Rodrigo Nankran opera também: Câncer e as doenças benignas do esôfago, estômago e dos intestinos, do fígado, da vesícula biliar, dos canais biliares, do pâncreas, do retroperitônio e das glândulas suprarrenais. Opera também as doenças do baço e a hipertensão do sistema porta hepático.

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